TOXOPLASMA, Anticorpos, soro

Descrição

Toxoplasmose é uma doença causada por um protozoário intracelular obrigatório, o Toxoplasma gondii . A infecção é causada pela ingestão de carne crua ou mal cozida, verduras frescas ou água contaminada com cistos. Na maioria dos casos a infecção é assintomática, em outros o paciente apresenta um quadro clínico semelhante ao da mononucleose. Riscos ocorrem quando a infecção acomete gestantes, pela possibilidade de transmissão transplacentária e infecção fetal. O teste sorológico é útil para o diagnóstico da toxoplasmose aguda ou para se saber se o (a) paciente já teve ou não toxoplasmose no passado . É de pouca utilidade no seguimento da terapêutica . Reação negativa para IgM e positiva para IgG, com qualquer título, indica infecção crônica pregressa. O indivíduo é considerado "imunizado" e, no caso gestantes, o feto terá pouca chance de ser infectado. Reação positiva para IgM, independente do resultado para IgG, em geral indica toxoplasmose aguda . No caso de gestantes , o risco de infecção fetal é uma possibilidade, pois, na fase aguda, parasitas persistem na circulação por aproximadamente 3 semanas, facilitando a transmissão transplacentária . Atualmente o maior problema na interpretação na sorologia da toxoplasmose é o aumento da sensibilidade, de uma forma geral, dos testes para detecção de IgM. Assim, IgM era detectado por um período não maior que 6 meses , traduzindo uma infecção aguda, e passou a ser detectado muitas vezes por mais de 8 a 12 meses do início da infecção , deixando de ser um marcador de infecção aguda . Essa persistência de IgM, mesmo em baixas concentrações, dificulta a interpretação do resultado, principalmente para o obstetra ao tentar correlacioná-lo ao provável período do início da infecção. Se a infecção ocorreu antes da concepção, o feto não correrá grande risco, mesmo na presença de anticorpos IgM. Como os testes pré-natais são realizados normalmente entre a 4ª e a 12ª semana, o achado de uma reação positiva para IgM gera sempre sérios problemas para o obstetra e para a gestante. Na tentativa de orientar o clínico quanto ao provável período da infecção, realizamos internamente um teste que quantifica a percentagem de avidez dos anticorpos IgG específicos para o toxoplasma. Na fase aguda, definida como um período de 1 a 3 meses do início da infecção, são detectados geralmente anticorpos de baixa avidez traduzidos por percentagens sempre menores que 30%. Após 3 meses do início da infecção, definido como doença não aguda mas recente, os níveis de avidez são geralmente acima de 50%. Entre percentagens de avidez maiores que 30% e menores que 50%, não temos elementos para concluir se a infecção ocorreu a menos ou mais que 3 meses. Lembramos que o teste de avidez mede um fenômeno biológico e por esta razão os resultados devem ser valorizados com cautela. Nos casos em que houver forte suspeita de infecção intra-uterina, o teste confirmatório é feito pela pesquisa de toxoplasma pela técnica do PCR, em líquido amniótico obtido por amniocentese. Em pacientes imunossuprimidos (AIDS, transplantados, quimioterapia) ou naqueles que tiveram uma reativação de lesões oculares causadas pelo toxoplasma, as reações sorológicas para toxoplasmose não fornecem nenhum subsídio diagnóstico aos clínicos . Para facilitar a interpretação e comparação dos resultados expressos em UI, obtidos pela técnica imunofluorimétrica, com os da antiga reação de imunofluorescência anexamos a tabela abaixo: Correspondência aproximada entre os valores obtidos na imunofluorescência (IFL) e no ensaio imunoenzimático fluorimétrico. TÍTULO (IFL) UI/mL (média) Desvio Padrão 1/16 5,8 2,1 1/256 19,9 10,8 1/1000 55,1 33,9 1/4000 179,0 123,0 1/8000 626,0 449,0 1/16000 1769,0 813,0 1/32000 2860,0 996,0 1/64000 7418,0 2756,0

Material

Soro.

Preparo

Jejum de 4 horas.