SÍFILIS, Anticorpos, soro

Descrição

Os testes sorológicos para sífilis são utilizados para detectar anticorpos contra o Treponema pallidium, o agente etiológico da sífilis. Dois grupos de anticorpos são pesquisados. O primeiro é o anticorpo contra antígeno não-treponêmico ( reagina ), dirigido contra uma estrutura lipoídica ( fosfolípide ), resultante da infecção do organismo pelo T. pallidium. Pode ser detectado pelo teste do VDRL ou, mais recentemente, pelo teste do RPR ( Rapid Plasma Reagin ). Estes testes são relativamente inespecíficos, principalmente em títulos inferiores a 1/16. Podem caracterizar uma reação falso-positiva, ocorrendo em indivíduos com doenças auto-imunes, malária, infecções virais e bacterianas e mesmo em gestantes. Títulos maiores que 1/16 são sugestivos de infecção pelo treponema. O RPR é muito útil no segmento terapêutico, tornando-se positivo 2 a 3 semanas após o paciente ter sido infectado. O segundo tipo de anticorpo é dirigido contra constituinte do próprio treponema e sua pesquisa pode ser realizada pelo teste do FTA-ABS ( imunofluorescência indireta ) ou MHA-TP ( micro-hemaglutinação passiva ) ou, mais recentemente, por ensaio imunoenzimático ( ELISA ). São considerados testes confirmatórios para o diagnóstico da doença, quando o teste de PCR é positivo. Apesar de serem considerados específicos, reações falso-positivas podem ser encontradas em menos de 1% dos indivíduos normais e em pacientes com doenças associadas a globulinas anormais ou aumentadas, LES e viciados em drogas. Doença de Lyme, hanseníase, malária, mononucleose infecciosa e leptospirose são também consideradas possíveis causas de ELISA falso-positivo. Resultados de ELISA inconclusivos ou indeterminados, não podem ser interpretados, podendo indicar um nível muito baixo de anticorpos antitreponemas ou ser devido a fatores não específicos. Pacientes com sífilis, após tratamento específico, podem apresentar persistência de reações positivas no teste RPR ( títulos sempre menores ou iguais a 1/8 ) e no ELISA para antígenos treponêmicos ou só no ELISA, por meses e anos, sem significado clínico, o que é reconhecido como cicatriz sorológica.

Material

Soro.

Preparo

Jejum não é necessário.