HIV, Quantificação do RNA por PCR

Descrição

A quantificação do RNA do HIV-1 ( carga viral ) é considerada o marcador laboratorial mais adequado para o estabelecimento do prognóstico de indivíduos infectados, assim como para o acompanhamento da resposta à terapêutica anti-retroviral. O Laboratório Fleury realiza a determinação da carga viral do HIV-1 por dois métodos distintos: RT-PCR e bDNA. Essas duas técnicas são diversas entre si e podem apresentar resultados discordantes. Essa discrepância é inerente às características de cada um dos métodos empregados e também à diversidade genética do HIV-1. O RT-PCR realiza a quantificação através da amplificação da região "gag" e o bDNA analisa uma região diversa do genoma, a região "pol", através de hibridização em um conjunto de dezenas de sondas. Outra variável que pode contribuir para as diferenças entre os dois métodos diz respeito aos subtipos do HIV-1. O subtipo "B" é o predominante nos EUA, na Europa e também no Brasil, onde está presente em mais de 90% dos indivíduos infectados. Porém, assim como tem ocorrido em outros países, outros subtipos, como "F", "A" e "D" também têm sido encontrados. Entre esses subtipos de menor prevalência, o subtipo "F" é o que predomina no Brasil. Adicionalmente, têm sido descritas variantes do subtipo "B" em nosso país. Os dois métodos podem produzir resultados não comparáveis, dependendo do subtipo que estiver presente. Recomendamos que as determinações de carga viral dos indivíduos em seguimento laboratorial sejam realizadas sempre pelo mesmo método ( seja esse RT-PCR ou bDNA ). Havendo mudança no método de quantificação, o médico deve ser cauteloso na comparação dos resultados. Os resultados obtidos são expressos em números absolutos e em logaritmo, sendo esta última a forma recomendada para interpretação dos resultados, uma vez que pequenas alterações no número absoluto de partículas virais não apresentam relevância biológica ou clínica. São consideradas alterações significativas variações iguais ou superiores a 0,5 log. Variações inferiores a 0,5 log podem ser decorrentes de oscilações espontâneas da carga viral associadas a variações das técnicas empregadas.

Material

Plasma com anticoagulante EDTA K3.

Preparo

Jejum não é necessário.